quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O rock da elite Xiita no Brasil


Em grupos rock escutamos dizer “este som eu não apresento, ele tem que ficar na elite”, ou “não apresente esta banda para qualquer um, este som é para a elite”. Parabéns, vocês acabam de manter o rock no submundo musical e manter funk pancadão, sertanejo e afins na boca do povo. É fato que o rock nunca foi da favela, veja de onde vieram a maioria das bandas do novo século. Se o estilo que está na boca do povo é bom ou ruim pouco importa, afinal o rock teve seu momento. Tentaram reverter a situação com o EMO CORE, empresários e poucas bandas ganharam e os 15 minutos acabaram. Agora o rock continua na elite, minoria nesta pirâmide que é nosso país.
Um fator econômico, social, cultural e outras opções não importa. O rock está na elite. Para os xiitas que vaiam bandas de rock que tem menos distorção que a do seu gosto musical, parabéns! Vocês conseguiram manter o rock mais elitizado para seu mundo.
Neste momento não temos MTV para bancar os queridinhos de diretores, parentes e amigos da emissora. Temos festivais internacionais com bandas cantando em inglês de todo o globo (ok, maioria Inglaterra e EUA). Sim, na periferia saber falar inglês é objeto de luxo. 
A elite do rock não representa a verdade do nosso país. Aliás, se você acha que  Rio de Janeiro e São Paulo é o Brasil, você precisa sair de casa.
Um segundo para utopia: seria interessante ver uma grupo de crianças na favela com o rádio do lado escutando Sepultura, Titãs, Led Zeppelin, Ratos de Porão, Velhas Virgens, Dead Fish e jovens ao som de Lust For Life do Iggy Pop e D.4 do Stoneria dançando em uma festa “pancadão”! 
Opa, desculpem, agora foi utopia em excesso. Ao contrário, utopia em excesso é deixar de existir a favela.

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