Em grupos rock escutamos dizer “este som eu não apresento, ele tem que ficar na elite”, ou
“não apresente esta banda para qualquer um, este som é para a elite”. Parabéns,
vocês acabam de manter o rock no submundo musical e manter funk pancadão,
sertanejo e afins na boca do povo. É
fato que o rock nunca foi da favela, veja de onde vieram a maioria das bandas do novo século. Se o estilo que está na
boca do povo é bom ou ruim pouco importa, afinal o rock teve seu momento.
Tentaram reverter a situação com o EMO CORE, empresários e poucas bandas
ganharam e os 15 minutos acabaram. Agora o rock continua na elite, minoria
nesta pirâmide que é nosso país.
Um fator econômico, social, cultural e outras opções não importa. O rock está
na elite. Para os xiitas que vaiam bandas de rock que tem menos distorção que a
do seu gosto musical, parabéns! Vocês conseguiram manter o rock mais elitizado para seu mundo.
Neste momento não temos MTV
para bancar os queridinhos de diretores, parentes e amigos da emissora. Temos festivais internacionais com bandas cantando em inglês de todo o
globo (ok, maioria Inglaterra e EUA). Sim, na periferia
saber falar inglês é objeto de luxo.
A elite do rock não representa a verdade
do nosso país. Aliás, se você acha que Rio de Janeiro e São Paulo é o
Brasil, você precisa sair de casa.
Um
segundo para utopia: seria interessante ver uma grupo de crianças na favela com
o rádio do lado escutando Sepultura, Titãs, Led Zeppelin, Ratos de Porão,
Velhas Virgens, Dead Fish e jovens ao som de Lust For Life do Iggy Pop e D.4 do
Stoneria dançando em uma festa “pancadão”!
Opa, desculpem, agora foi utopia em
excesso. Ao contrário, utopia em excesso é deixar de existir a favela.